Atualmente, as pessoas tem preocupado muito com a aparência, sendo a calvície (também conhecida como alopecia androgenética) um fator que tem gerado desconforto e impactado diretamente na autoestima. Existem diversas opções para tratamento dessa condição, com bons resultados, como os procedimentos estéticos, os medicamentos de uso tópico e oral. Entre elas, o minoxidil oral tem ganhado destaque.

O minoxidil foi desenvolvido na década de 70 para tratar a hipertensão arterial, mas se tornou popular por seu efeito colateral de estimular o crescimento capilar. “O mecanismo pelo qual ele funciona ainda não é totalmente conhecido, mas sabe-se que atua na abertura dos canais de potássio das células vasculares, aumentando o fluxo sanguíneo ao folículo, prolongando a fase anágena, que é a fase de crescimento do cabelo”.

O minoxidil oral costuma ser prescrito em casos de:

  • Alopecia androgenética em estágios iniciais a moderados;
  • Alergia ao veículo tópico (propilenoglicol);
  • Mulheres com rarefação difusa, que não toleram a oleosidade causada pelo uso tópico;
  • Pós-transplante capilar, para acelerar a recuperação;
  • Eflúvio telógeno crônico, associado a outras terapias.

Pessoas hipertensas, gestantes e lactantes devem evitar o tratamento, salvo avaliação especializada.

A dosagem e o protocolo de acompanhamento devem ser individualizados.
Geralmente, a dose inicial recomendada é de 0,25 a 1,0 mg para mulheres e 1,0 a 2,5 mg para homens, podendo ser ajustada gradualmente conforme a resposta clínica, até o limite de 0,25 a 5 mg/dia.

A terapia com o uso do medicamento tem apresentado diversos benefícios clínicos. Estudos mostram que, após 6 meses, 70–80 % dos usuários relatam:

  • Redução significativa da queda em até quatro semanas;
  • Aumento da contagem de fios por centímetro quadrado;
  • Espessamento visível do cabelo miniaturizado;
  • Brilho e crescimento mais rápido.

Dentre os efeitos mais frequentes na prática clínica está a hipertricose (aumento excessivo de pelos corporais), inclusive no rosto. A utilização inadequada do medicamento também pode causar tonturas e queda rápida de pressão, logo, só pode ser prescrita por um especialista.

No Brasil, ainda não há versões industrializadas do minoxidil oral em dosagens baixas, como acontece em outros países. Portanto, a prescrição requer manipulação da dose exata. Dessa maneira é importante o médico prescrever e orientar o paciente a comprar em uma farmácia autorizada a manipular.

Para mais informações sobre o Minoxidil oral consulte um de nossos farmacêuticos.

 

Juliana de Almeida Lopes

Farmacêutica CRF: 14582

 

  

Referências bibliográficas:

https://jornal.usp.br/ciencias/minoxidil-oral-e-seguro-mas-exige-acompanhamento-medico-e-demanda-mais-estudos/ Acesso em: 29 ago. 2025

https://www.carumoreno.com.br/2025/05/07/tudo-sobre-minoxidil-oral-para-calvicie/?srsltid=AfmBOopZXn0ssiNvgP4QBMybSPdMITAVbkOPvtXVj3CfWiXbcLzSUIrZ Acesso em: 29 ago. 2025

https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/calvicie Acesso em: 29 ago. 2025